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Olá caros comparsas sonoros de terras distantes, chegamos aqui com a selecta de número 06 do nosso ESTÉTICA T3C3IRO MUNDO, sempre visitando as encruzilhadas musicais que englobam sonoridades tradicionais, digitais e experimentais ao redor do globo. Começamos a viagem sonora com o som do grupo paraibano The Silvias (https://soundcloud.com/thesilvias) e sua música Ciganos Romenos (em busca do capim azul), uma mistura de post-rock, dub e world music. Na sequência temos o “guitarreiro” egípcio Omar Korshid (http://www.omarkhorshid.org/) com a música Guitar El Chark, onde os ritmos e melodias tradicionais do Egito se fundem com o rock da década de 60.
Saindo da sonoridade oriental e caindo nas Américas temos o som de Quantic e mais um de seus projetos tendo a cumbia colombiana como base – Los Míticos Del Ritmo (http://www.soundwayrecords.com/catalogue/los-miticos-del-ritmo.html) – aqui trazendo uma versão cumbia dub de Satta Massagana dos lendários Abyssinians (aqui chamada de satta massa cumbia). Saindo do dub orgânico, mas continuando nas experimentações vamos para o dub 8-bit do Jahtari Riddim Force (http://www.jahtari.org/) com a faixa We will destroy your planet, presente na coleta Jahtarian Dubbers Vol. 2 .
Hip-hop norte-americano “sampleando” discos de música oriental? Temos aqui dois exemplos: primeiro a faixa My Guru do disco Bombay the Hard Way: Guns, Cars & Sitars, uma homenagem do DJ Dan The Automator (http://www.myspace.com/dantheautomator) e outros produtores a música feita para os filmes de Bollywood. Em seguida temos a faixa Higher, do MC e produtor americano Oh No (http://www.stonesthrow.com/ohno), presente no disco Dr No’s Oxperiment – uma espécie de beat tape feita pelo produtor a partir de discos turcos, libaneses e gregos de funk e rock psicodélico.
Saindo das misturas com hip-hop vamos para as misturas com Jazz, ouvindo o som da banda Shotnez (http://www.shotnez.com/) com a faixa New Country, presente no seu primeiro disco, de 2011. O Shotnez é formado por membros e ex-membros de bandas nova-iorquinas como Balkan Beat Box, Firewater e Gogol Bordello, e no seu som (classificado por eles como Mediterranean surf noir) encontram-se misturados música mediterrânea, crime jazz e rock instrumental. Ainda com sabor de trilha sonora temos a faixa O Tempo dos Assassinos do baixista e produtor paraibano Thiago Sombra (https://soundcloud.com/thiagosombra). A faixa é um blues-rock com percussão e efeitos eletrônicos, e foi parte da trilha sonora do espetáculo Ponto de Vista, do grupo Acena Dança.
Um pequeno parêntese na nossa transmissão para um copo com água… ops, solo de água, percussão corporal e outros brinquedos que lembram sons aquosos (ou seriam aquáticos)… Isso vindo da mente de Pedro dos Santos (o Pedro Santos Sorongo do disco Krishnanda) e do violinista Sebastião Tapajós. A faixa se chama Cantico del Agua, e esta presente no disco Sebastião Tapajós & Pedro Santos volume 01, gravado durante temporada na Argentina nos anos 70.
Na sequência temos a faixa Samba de Rojão Nº 1, do excelente disco Elefantes na Rua Nova do músico Pernambucano Caçapa (http://www.cacapa.mus.br/). A música (assim como outras no disco) dialoga com a música “tradicional” do nordeste, com violas e percussão executando cocos, baianos e rojões – mas com muita influência também de guitarras africanas e rock.
Geléia Geral!! Mistureba Total na música Allah Hu, interpretada aqui pela Brooklyn Qawalli Party (http://www.brooklynqawwaliparty.com), um time de 11 músicos que fez uma banda para prestar homenagem ao grande cantor paquistanês Nusrat Fateh Ali Khan, misturando as canções sufi do mestre com jazz e afrobeat.
Continuando com os ensembles multiculturais de Nova York vamos ouvir Chaal Baby, do grupo Red Baraat (http://www.redbaraat.com/). O grupo propõe uma “conexão sonora” das brass bands da Índia e de Nova Orleans, aditivando essa mistura com doses de funk e hip-hop.
Saindo das conexões asiáticas vamos as conexões jamaicanas com a mistura de frevo e ska dos pernambucanos da Ska Maria Pastora (https://www.facebook.com/skamariapastora), com a faixa Bolero do Velho Oeste, presente no seu primeiro CD.
Misturando Rock, Dub e Sonoridades africanas, temos o grupo argentino Morbo y Mambo (http://morboymambo.bandcamp.com/) com a faixa Blanco Nigeria, presente no álbum de 2011 do grupo.
O DJ e produtor americano/carioca Maga Bo (http://www.magabo.com/) sempre fez misturas poderosas de sons tradicionais de várias partes do mundo com bass music, mas no seu lançamento mais recente (intitulado Quilombo do Futuro), ele foca mais na música brasileira, com jongos, cantos de capoeira e maracatu misturados com Rap e tamborzão ou reorganizados com graves potentes e delays. Ficamos com a faixa Galope, que conta com a participação do Robertinho Barreto (membro do Baiana System) tocando guitarra baiana.
Finalizando nossa transmissão temos a Oki Ainu Dub Band (http://www.tonkori.com/), que mistura sons e instrumentos tradicionais da etnia ainu (presente em algumas regiões do Japão e da Rússia) com reggae e dub. Fiquem com a faixa East of Kunashiri, e até a próxima!